Dicas para fazer boas escolhas no restaurante
Cuidados ao escolher onde fazer as refeições fora de casa
A correria do dia a dia muitas vezes nos obriga a fazer as principais refeições, se não todas, fora de casa. Mas como escolher com segurança o local onde vamos nos alimentar? Uma má decisão e o preço pode ser alto: a nossa saúde!
Uma boa observada no ambiente já pode indicar o grau de riscos que a refeição
oferece. Maria Cristina Junqueira, autoridade sanitária da subgerência
de alimentos da Covisa, afirma que a primeira coisa que se deve observar
são as instalações físicas do ambiente, por exemplo, o estado de
manutenção dos móveis, paredes e vidros, são mais fáceis de perceber.
A
higiene, ou a falta dela, é também muito perceptível. "Observe se o
ambiente possui lixeiras, elas devem conter tampas com pedais e ser de
cor branca. Os funcionários devem usar uniformes que os identifiquem,
preferencialmente de cor clara, e sapatos fechados. Eles não devem usar
acessórios, como aneis, brincos, pulseiras e colares, além disso, devem
estar com as unhas aparadas", diz a autoridade. Segundo Maria Cristina,
esses objetos são potencializadores de contaminação.
Os alimentos
devem estar armazenados em balcões com temperatura controlada, sem
superlotação ou sobreposições de badejas. Os alimentos refrigerados não
podem estar cobertos de gotículas, isso significa temperatura
insatisfatória. "É de bom tom que haja um termômetro para indicar se os
alimentos estão sob a temperatura ideal", recomenda a profissional. "Há
lugares que colocam dizeres solicitando que os clientes não conversam
enquanto se servem, pois isso aumenta os riscos de contaminação", completa.
Também
próximo ao balcão não deve estar enfeites, como plantas. Isso porque
pode haver acúmulo de poeiras e outros detritos. Observe a disposição
dos ventiladores, eles não causam danos, desde que não estejam
direcionados para o local onde estão os alimentos.
É essencial que o estabelecimento
disponibilize uma pia para lavar as mãos, o álcool em gel não substitui
a água corrente e o sabão neutro. Outro fator importante são os
cuidados com os utensílios, como pratos e talheres. "O material que será
usado para os clientes se servirem devem estar em uma mesa longe de
entradas, assim ficarão protegidos de poluição", esclarece Maria
Cristina.
Os talheres que são usados para servir os alimentos
não devem ser usados em dois ou mais preparos diferentes. Por exemplo, a
concha do feijão não pode servir também o molho. Essa é uma possível
fonte de contaminação. "O funcionário que está preparando, por exemplo,
sanduíches, não deve desenvolver outras atividades paralelamente, como
limpeza do local", explica a autoridade.
A médica epidemiológica
Maria Bernadente de Paula Eduardo, diretora técnica da divisão de
doenças de transmissão hídrica e alimentar da Secretária de Saúde,
explica que uma das formas mais comuns de contaminação é a chamada
contaminação cruzada. Trata-se de provocar danos a um determinado
alimento, por meio de contaminação com resíduos de outros. Por exemplo,
usar uma faca mal lavada, que anteriormente foi utilizada para cortar
carnes, para picar frutas ou legumes. Essa ação poderia provocar a
contaminação dos vegetais, caso a carne estivesse afetada.
"Evite comer pratos à base de ovo,
ele é a principal fonte de transmissão de salmonellas, parasita que
provoca diarréia, febre e dores abdominais", afirma a especialista.
"Muito cuidado com conservas caseiras ou clandestinas. Se contaminadas,
podem provocar botulismo", completa. Essas doenças são mais prejudiciais
às crianças e aos idosos.
Os vegetais exigem atenção redobrada.
Eles devem ser lavados em água corrente e deixados de molho em soluções
especialmente desenvolvidas para esse fim. "Fique atenta, caso encontre
folhas roídas descarte-as. Isso significa que elas podem conter larvas.
Caso a pessoa consuma esses resíduos, o resultado pode ser doenças como
angiostrongilose abdominal e, até mesmo, meningite", alerta Dra. Maria
Bernadente.
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