sexta-feira, 1 de junho de 2012

A ARTE DE FOTOGRAFAR


Modo Manual – Parte 1


Se você já se considera um ótimo fotógrafo com sua câmera automática, talvez seja a hora de dar um próximo passo: fotografar no modo MANUAL.
Digitalizar0001Qual a diferença e as vantagens?
Com as câmeras digitais automáticas, chamadas de point n´ shoot, como o próprio nome sugere, o fotógrafo só precisa detectar a ação a ser fotografada e apertar o botão. A própria câmera faz uma leitura do ambiente em que se encontra e se encarrega de ajustar os controles necessários que regulam a entrada de luz para registrar aquela imagem. Geralmente este modo é denominado de AUTO, P ou, ainda, identificado por um símbolo de câmera.
Nos modelos de câmera point n´shoot, o fotógrafo não exerce nenhum controle sobre a câmera, a não ser definir o tipo de foto a ser tirada. Além do modo AUTO, a maioria das câmeras possui os modos: Paisagem, Porta-retrato, Ação/Esporte, Macro, Noite, Praia/Neve (os modos variam conforme o modelo da câmera).

O Modo Manual selecionado.
O Modo Manual selecionado.
Já nas câmeras chamadas SLRs (single lens reflex) ou DSLRs (digital single lens reflex), usadas por fotógrafos profissionais e cada vez mais por amadores, além dos modos automáticos, existe o modo Manual. Neste modo, o fotógrafo possui total controle sobre a exposição luminosa que deseja conferir à sua foto, ajustando, conforme as condições de luz do ambiente, a velocidade do obturador (o clique) e a abertura do diafragma (abertura da lente para entrada de luz), além do controle da ISO (velocidade do filme ao reagir à luz, sendo que, quanto mais baixo este valor (geralmente o mínimo é 100) mais luz será necessária para a imagem ser registrada. Ao contrário, quanto mais alto o valor da ISO, mais rápido o “filme” reage à luz. 
Assim, a foto será o resultado da combinação desses três fatores: velocidade (representado por valores 1/xxx), abertura (representado pelo valor de F) e ISO.
Velocidade: 1/160, Abertura: F5, ISO: 800, Distância Focal: 95mm
Velocidade: 1/160, Abertura: F5, ISO: 800, Distância Focal: 95mm
No próximo post começaremos a examinar cada um desses fatores detalhadamente. Por hora, você já sabe que, para fotografar no Modo Manual, em primeiro lugar é preciso ter uma câmera DSLR. Existem inúmeras opções no mercado, basta escolher entre uma boa marca e um preço que você possa pagar. Comece a fazer esta pesquisa ou melhor, verifique se a sua câmera já não possui este modo, mas que você não havia reparado até então por não saber como usar.
No modelo DSLR, o corpo da câmera e as lentes são separados.
No modelo DSLR, o corpo da câmera e as lentes são separados.

Modo Manual – Parte 2


Hoje em dia, como há 100 anos atrás, toda câmera, seja ela de filme ou digital, nada mais é do que uma caixa de luz com a lente em uma ponta e um filme sensível ou cartao digital na outra.
A luz entra pela lente (abertura do diafragma), e depois de um certo tempo (determinado pela velocidade do obturador – ou clique), uma imagem será gravada (em filme ou mídia digital). A imagem gravada também é chamada de EXPOSIÇÃO.
Antigamente, o fotógrafo precisava acertar na exposição para ter uma boa foto. O controle do profissional era total.
Antigamente, o fotógrafo precisava acertar na exposição para ter uma boa foto. O controle do profissional era total.
Até cerca de 1975, quando as câmeras automáticas entraram em cena, os fotógrafos precisavam escolher tanto a abertura quanto a velocidade e, ao acertar na escolha, obtinham uma exposição correta. Vale ressaltar que a escolha destes dois fatores estava diretamente ligada ao valor da ISO do filme (sua sensibilidade à luz).
Foto tirada no modo automático. Ao "ver" muita luz (neste caso do céu), a câmera faz uma média que não é suficiente para iluminar o rosto.
Foto tirada no modo automático. Ao "ver" muita luz (neste caso do céu), a câmera faz uma média que não é suficiente para iluminar o rosto.
As câmeras automáticas, que prometem fazer tudo pelo fotógrafo, muitas vezes falham na sua missão. Isto acontece principalmente em situações com alto contraste de luz, como por exemplo um primeiro plano escuro e o segundo plano muito iluminado. A câmera faz uma leitura destas condições luminosas e “tira uma média”, resultando em um primeiro plano ainda escuro (se o flash nao for acionado).
Nas câmeras SLR, o fotógrafo deve olhar pelo pequeno visor (viewfinder) como das câmeras antigas. Ao apertar o botão do obturador – que passaremos a chamar a partir de agora de shutter- até o meio, visualizamos dentro do viewfinder uma escala, que se chama FOTÔMETRO. Esta escala varia de +2 a -2, sendo o valor 0 (zero), em teoria, a exposição correta. Assim, todo valor acima de 0 indica que há mais luz que o necessário e todo valor abaixo de 0, menos luz que o necessário.
Se a foto for tirada com o fotômetro indicando que há mais luz que o necessário, a foto ficará superexposta, ou seja muito clara, ou “estourada”. No caso contrário, a foto ficarásubexposta, ou escura.
Dizemos que esta foto "estourou".
Dizemos que esta foto "estourou".
É através do controle da abertura do diafragma, velocidade e ISO que conseguiremos “zerar” o fotômetro.
Não perca o próximo post, onde falaremos em detalhe da abertura do diafragma (valor de F), ou aperture. Te encontro lá!


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