quinta-feira, 15 de março de 2012



Tarsila do Amaral

 

Passo 1


Tarsila do Amaral


Nascida em Capivari, SP, em 1886, a pintora Tarsila do Amaral é, indiscutivelmente, um ícone da arte brasileira nesse século. Podemos dizer que Tarsila do Amaral encontrou soluções extremamente pertinentes para o que talvez seja o maior dilema da arte brasileira contemporânea: a difícil combinação entre as novas informações e a tradição advindas da arte européia e o caldo cultural brasileiro, principalmente no que se refere à expressão popular.


Tarsila do Amaral teve uma formação acadêmica muito sólida, em São Paulo e em Paris, o que não resultou para a artista em amarras estéticas ou imposições formais. Muito pelo contrário, a formação acadêmica só reforçou a singularidade da cultura popular brasileira para Tarsila.


Retornando ao Brasil em 1924, percorreu as cidades históricas mineiras em companhia do escritor francês Blaise Cendrars. Deslumbrada com a decoração popular das casas dessas cidades, assimilou a tradição barroca brasileira às recém-adquiridas teorias e práticas cubistas e criou uma pintura que foi denominada Pau-Brasil. Essa pintura inspirou um movimento, variante brasileira do cubismo, e influenciou Portinari.


Em 1926 Tarsila expôs na galeria Percier em Paris. Iniciou-se então sua fase antropofágica, de retorno ao primitivo, da qual o exemplo mais notável é o quadro \"Abaporu\". Presente na I e II Bienais de São Paulo, foi premiada na primeira. Na Bienal de São Paulo de 1963, sala especial foi dedicada à retrospectiva de sua obra. Foram apresentadas suas diversas fases e deu-se destaque ao quadro \"Operários\" (1933), da fase social, em que as cores são mais sombrias mas a nitidez anterior é conservada. Outra obra do mesmo período é \"Segunda classe\".

 

 

Passo 2


Auto-retrato


Juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia, formou o \"Grupo dos Cinco\". Nessa época, iniciou o romance com Oswald de Andrade.


Um ano depois, voltou para a Europa e a convivência com intelectuais, pintores e poetas de lá. Em 1926, expôs em Paris (com grande sucesso) e se casou com Oswald.



Suas obras, de cores intensas e temas regionais, seguiam o conceito nacionalista do modernismo. Em 1928, pintou como presente de aniversário para Oswald o \"Abaporu\" (\"homem que come\", em tupi). O quadro mostra uma figura solitária de pés imensos, sentada sobre uma planície verde, com o braço dobrado repousando no joelho e a mão sustentando o peso de uma minúscula cabeça. Era uma pintura que poderia facilmente representar o Movimento Pau-Brasil.


Tarsila esteve ainda representada na mostra Arte Moderna no Brasil (1957), na XXXII Bienal de Veneza (1964) e na mostra Arte da América Latina desde a Independência (1966). Em 1960 o Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou retrospectiva de sua obra. Entre suas demais telas destacam-se \"A negra\", no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, e \"São Paulo\", na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Tarsila morreu em São Paulo SP em 17 de janeiro de 1973.

 

 

Passo 3


Operários 1933


Principais obras:



- Auto-retrato (1923)

- Retrato de Oswald de Andrade (1923)

- Estudo (Nú) (1923)

- São Paulo – Gazo (1924)

- Antropofagia (1929)

- A Cuca (1924)

- Pátio com Coração de Jesus (1921)

- Chapéu Azul (1922)

- Auto-retrato (1924)

- O Pescador (1925)

- Manteau Rouge (1923)

- A Negra (1923)

- São Paulo (1924)

- Morro da Favela (1924)

- A Família (1925)

- Vendedor de Frutas (1925)

- Paisagem com Touro (1925)

- Religião Brasileira (1927)

- O Lago (1928)

- Coração de Jesus (1926)

- O Ovo ou Urutu (1928)

- A Lua (1928)

- Abaporu (1928)

- Cartão Postal (1928)

- Operários (1933)


Créditos:



História da arte

Educação. uol

Pintura Brasileira

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