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Tarsila do Amaral
Nascida em Capivari, SP, em 1886, a pintora Tarsila do Amaral é,
indiscutivelmente, um ícone da arte brasileira nesse século. Podemos
dizer que Tarsila do Amaral encontrou soluções extremamente pertinentes
para o que talvez seja o maior dilema da arte brasileira contemporânea: a
difícil combinação entre as novas informações e a tradição advindas da
arte européia e o caldo cultural brasileiro, principalmente no que se
refere à expressão popular.
Tarsila do Amaral teve uma formação acadêmica muito sólida, em
São Paulo e em Paris, o que não resultou para a artista em amarras
estéticas ou imposições formais. Muito pelo contrário, a formação
acadêmica só reforçou a singularidade da cultura popular brasileira para
Tarsila.
Retornando ao Brasil em 1924, percorreu as cidades históricas
mineiras em companhia do escritor francês Blaise Cendrars. Deslumbrada
com a decoração popular das casas dessas cidades, assimilou a tradição
barroca brasileira às recém-adquiridas teorias e práticas cubistas e
criou uma pintura que foi denominada Pau-Brasil. Essa pintura inspirou
um movimento, variante brasileira do cubismo, e influenciou Portinari.
Em 1926 Tarsila expôs na galeria Percier em Paris. Iniciou-se
então sua fase antropofágica, de retorno ao primitivo, da qual o exemplo
mais notável é o quadro \"Abaporu\". Presente na I e II Bienais de São
Paulo, foi premiada na primeira. Na Bienal de São Paulo de 1963, sala
especial foi dedicada à retrospectiva de sua obra. Foram apresentadas
suas diversas fases e deu-se destaque ao quadro \"Operários\" (1933), da
fase social, em que as cores são mais sombrias mas a nitidez anterior é
conservada. Outra obra do mesmo período é \"Segunda classe\".
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Passo 2
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Auto-retrato
Juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de
Andrade e Menotti del Picchia, formou o \"Grupo dos Cinco\". Nessa
época, iniciou o romance com Oswald de Andrade.
Um ano depois, voltou para a Europa e a convivência com
intelectuais, pintores e poetas de lá. Em 1926, expôs em Paris (com
grande sucesso) e se casou com Oswald.
Suas obras, de cores intensas e temas regionais, seguiam o
conceito nacionalista do modernismo. Em 1928, pintou como presente de
aniversário para Oswald o \"Abaporu\" (\"homem que come\", em tupi). O
quadro mostra uma figura solitária de pés imensos, sentada sobre uma
planície verde, com o braço dobrado repousando no joelho e a mão
sustentando o peso de uma minúscula cabeça. Era uma pintura que poderia
facilmente representar o Movimento Pau-Brasil.
Tarsila esteve ainda representada na mostra Arte Moderna no
Brasil (1957), na XXXII Bienal de Veneza (1964) e na mostra Arte da
América Latina desde a Independência (1966). Em 1960 o Museu de Arte
Moderna de São Paulo organizou retrospectiva de sua obra. Entre suas
demais telas destacam-se \"A negra\", no Museu de Arte Contemporânea da
Universidade de São Paulo, e \"São Paulo\", na Pinacoteca do Estado de
São Paulo. Tarsila morreu em São Paulo SP em 17 de janeiro de 1973.
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Operários 1933
Principais obras:
- Auto-retrato (1923)
- Retrato de Oswald de Andrade (1923)
- Estudo (Nú) (1923)
- São Paulo – Gazo (1924)
- Antropofagia (1929)
- A Cuca (1924)
- Pátio com Coração de Jesus (1921)
- Chapéu Azul (1922)
- Auto-retrato (1924)
- O Pescador (1925)
- Manteau Rouge (1923)
- A Negra (1923)
- São Paulo (1924)
- Morro da Favela (1924)
- A Família (1925)
- Vendedor de Frutas (1925)
- Paisagem com Touro (1925)
- Religião Brasileira (1927)
- O Lago (1928)
- Coração de Jesus (1926)
- O Ovo ou Urutu (1928)
- A Lua (1928)
- Abaporu (1928)
- Cartão Postal (1928)
- Operários (1933)
Créditos:
História da arte
Educação. uol
Pintura Brasileira |
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