quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Dicas para fazer boas escolhas no restaurante


Cuidados ao escolher onde fazer as refeições fora de casa

Dicas no restaurante
A correria do dia a dia muitas vezes nos obriga a fazer as principais refeições, se não todas, fora de casa. Mas como escolher com segurança o local onde vamos nos alimentar? Uma má decisão e o preço pode ser alto: a nossa saúde!
Uma boa observada no ambiente já pode indicar o grau de riscos que a refeição oferece. Maria Cristina Junqueira, autoridade sanitária da subgerência de alimentos da Covisa, afirma que a primeira coisa que se deve observar são as instalações físicas do ambiente, por exemplo, o estado de manutenção dos móveis, paredes e vidros, são mais fáceis de perceber.
A higiene, ou a falta dela, é também muito perceptível. "Observe se o ambiente possui lixeiras, elas devem conter tampas com pedais e ser de cor branca. Os funcionários devem usar uniformes que os identifiquem, preferencialmente de cor clara, e sapatos fechados. Eles não devem usar acessórios, como aneis, brincos, pulseiras e colares, além disso, devem estar com as unhas aparadas", diz a autoridade. Segundo Maria Cristina, esses objetos são potencializadores de contaminação.
Os alimentos devem estar armazenados em balcões com temperatura controlada, sem superlotação ou sobreposições de badejas. Os alimentos refrigerados não podem estar cobertos de gotículas, isso significa temperatura insatisfatória. "É de bom tom que haja um termômetro para indicar se os alimentos estão sob a temperatura ideal", recomenda a profissional. "Há lugares que colocam dizeres solicitando que os clientes não conversam enquanto se servem, pois isso aumenta os riscos de contaminação", completa.
Também próximo ao balcão não deve estar enfeites, como plantas. Isso porque pode haver acúmulo de poeiras e outros detritos. Observe a disposição dos ventiladores, eles não causam danos, desde que não estejam direcionados para o local onde estão os alimentos.
É essencial que o estabelecimento disponibilize uma pia para lavar as mãos, o álcool em gel não substitui a água corrente e o sabão neutro. Outro fator importante são os cuidados com os utensílios, como pratos e talheres. "O material que será usado para os clientes se servirem devem estar em uma mesa longe de entradas, assim ficarão protegidos de poluição", esclarece Maria Cristina.
Os talheres que são usados para servir os alimentos não devem ser usados em dois ou mais preparos diferentes. Por exemplo, a concha do feijão não pode servir também o molho. Essa é uma possível fonte de contaminação. "O funcionário que está preparando, por exemplo, sanduíches, não deve desenvolver outras atividades paralelamente, como limpeza do local", explica a autoridade.
A médica epidemiológica Maria Bernadente de Paula Eduardo, diretora técnica da divisão de doenças de transmissão hídrica e alimentar da Secretária de Saúde, explica que uma das formas mais comuns de contaminação é a chamada contaminação cruzada. Trata-se de provocar danos a um determinado alimento, por meio de contaminação com resíduos de outros. Por exemplo, usar uma faca mal lavada, que anteriormente foi utilizada para cortar carnes, para picar frutas ou legumes. Essa ação poderia provocar a contaminação dos vegetais, caso a carne estivesse afetada.
"Evite comer pratos à base de ovo, ele é a principal fonte de transmissão de salmonellas, parasita que provoca diarréia, febre e dores abdominais", afirma a especialista. "Muito cuidado com conservas caseiras ou clandestinas. Se contaminadas, podem provocar botulismo", completa. Essas doenças são mais prejudiciais às crianças e aos idosos.
Os vegetais exigem atenção redobrada. Eles devem ser lavados em água corrente e deixados de molho em soluções especialmente desenvolvidas para esse fim. "Fique atenta, caso encontre folhas roídas descarte-as. Isso significa que elas podem conter larvas. Caso a pessoa consuma esses resíduos, o resultado pode ser doenças como angiostrongilose abdominal e, até mesmo, meningite", alerta Dra. Maria Bernadente.

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